Rayssa
Natani
Do G1 Acre
Há menos de
um mês, a dona de casa Nilda de Souza investiu R$ 1,8 mil na empresa Telexfree.
Com os lucros, ela pretendia comprar uma cadeira de rodas motorizada. A decisão
da Justiça que impediu a empresa de operar no país, levou Nilda a protestar
junto com outros divulgadores em frente ao Ministério Público do Acre na última
quarta-feira (26).
"Quero
que ela [a Justiça] decida. Se continuam a permitir os trabalhos da Telexfree
ou devolvam o dinheiro. O que eu investi, eu guardei com muita
dificuldade", lamenta. Nilda diz que acreditou que o investimento traria
lucros em pouco tempo, o que facilitaria a compra da nova cadeira de rodas.
"É o
meu sonho essa cadeira. Investi meu dinheiro para render mais e comprar mais
rápido. Eu pretendia ir recebendo e colocando de novo. Assim conseguiria mais
dinheiro até completar o valor da cadeira", conta. Com a decisão da
Justiça de bloquear os pagamentos dos divulgadores menos de um mês após o
investimento, Nilda não recuperou o que aplicou na empresa.
No último
dia 18, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, julgou
favorável a medida proposta pelo Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC)
para suspender as atividades da Telexfree. A decisão é válida até o julgamento
da ação principal, sob a pena de multa diária de R$ 500 mil em caso de
descumprimento. No último dia 24,o desembargador Samoel Evangelista, do
Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças
impetrado pelos advogados da Telexfree e manteve a suspensão.
A decisão
deixou muitos divulgadores da empresa preocupados com a possibilidade de
perderem tudo o que foi investido.
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