É da natureza do governador Ricardo Coutinho atacar todos aqueles que ajudaram em suas eleições. Basta ver seu prontuário político. Para não ir muito longe, lembremos que o principal mentor de sua eleição a governador em 2010 foi o senador Cássio Cunha Lima. Deu no que deu. Tanto o governador hostilizou o tucano que ele preferiu romper. Em 2014, Ricardo Coutinho só constituiu uma chapa competitiva, porque teve a adesão do PT de Luciano e Lucélio Cartaxo. Sem esse apoio, ele nem teria passado para o segundo turno. E, só venceu a disputa de prorrogação, porque teve o apoio do PMDB de Zé Maranhão. Então, o que se tem visto desde a eleição do ano passado? O mesmo comportamento de descarte. De prima, segregou Lucélio nas Docas de Cabedelo, sucumbido sob o peso do calado baixo. Lucélio entrou e saiu do posto, sem conseguir sequer embarcar no cais. Na sequência, escalou prepostos para atacar a gestão de Luciano Cartaxo. E tanto o governador fez, que o prefeito preferiu romper, para não morrer fardado. Agora, o governador se volta contra o seu último benfeitor eleitoral: o senador Zé Maranhão. Após fazer vários afagos ao senador, como os mimos na inauguração do Centro de Convenções, Ricardo Coutinho concluiu que isso não seria suficiente para garantir o apoio do PMDB ao seu candidato João Azevedo. Como se sabe, o PMDB terá candidato próprio. Então, o que fez o governador? Ele atacou Maranhão. Após a divulgação de números do Tribunal de Contas do Estado, indicando um rombo de R$ 500 milhões nas contas de seu Governo, agora em novembro, Ricardo Coutinho atribuiu a culpa a… Maranhão. Ou seja, em sua ótica, mesmo cinco longos anos depois, o ex-governador ainda é o responsável pelo desacerto de suas contas. É de sua natureza se voltar contra todos os que ajudam em suas eleições. Uma forma se livrar “do favor” e também porque lhe é incômodo estabelecer laços.
Hélder Moura
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Após descartar Luciano e Lucélio, o governador ataca Maranhão: os três responsáveis por sua reeleição.
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